domingo, 20 de junho de 2010

love story .

Ela estava em um quarto estranho, havia cheiro de doces no ar, não, não eram doces, talvez flores campestres, sorriu. Sentia-se como uma nuvem de morango, uma linda e macia nuvem de morango em uma noite de outono, era linda... Tolice. Sorriu novamente e pela primeira vez se perguntou que rotina tinha o seu sorriso, qual seria o seu ângulo, e qual seria sua cor. Podia sentir algo sobre sua pele um lindo e delicado vestido, não parecia haver tecido algum, - Estranho. Foi o que ela pensou. Ainda sim era um abrigo, era macio, era verdadeiro, quase como se pudesse falar sobre ela, sentiu como se aquele vestido, do qual não se lembrava o tecido, o corte, ou cor a conhecesse mais do que ninguém. Um vento frio, acolhedor e com olhos de amêndoas a fitava ao outro lado da janela, olhos. Não havia como... Quando ventos começaram a ter olhos? Sonhos. Lembrou-se deles, havia algo caminhando sobre sua face agora. Como alguém se ousava a passear sobre seu habitat mais íntimo, e nem ao menos pedir permissão? . Indignação era o que refletia sua dúvida, e havia... Água? ‘’Estava chorando? ’’ Perguntou a si mesma e algo que lembrou-lhe um abraço de mãe se ergueu indo de encontro aos seus olhos , algo que colheu cada gota cristalina como a mais bela e frágil das flores,luvas que semearam dentro dela uma luz estranha.Pulou em um sobressalto e sentiu uma pontada, um pernilongo chato que não parava de cantar dentro dela.Teria ela que ter medo? Aquilo lembrava chocolate quente e lareiro. Um barulho, algo que fez seu coração dançar o blues mais dançante da sua vida e seus olhos e pensamentos mudarem de direção. Via-se agachada ao lado do que só parecia bom, não havia denominação para aquilo que via, mais tinha gosto. Ela degustava calma, e discretamente cada momento daquela maravilha, era como se comer com os olhos tivesse ganhando sabor e textura. Não sentia vontades, e então percebeu que estava vazia. Procurou medos, vergonha, tristezas, lembranças..não havia nada ali, nada além dela . Sentia que deveria sentir alguma coisa e então... Bolas. Muitas bolas coloridas e elas pareciam surgir de todos os lados, arrepiou-se, sentia como se cada sorriso fosse parte do que segundos atrás havia sido um vazio, era belo, era um estranho, e era maravilhoso. Havia sonhos, uma risada vinda de cada parte do mundo, e como tocavam bem aquelas risadas. Flutuava algo na ponta dos seus dedos, pés de borboleta. Escuro, um escuro incontido, imponente e tão cheio de... Cor?Seu coração pulsava a toda aquarela, uma montanha russa em cada veia, um turbilhão de emoções. Era alto e como havia força em tudo aquilo. Fazia perder o fôlego, queria correr, gritar, sentia como se fosse lindo demais para que pudesse ver, não deveria sentir, porque começara a sentir de repente? Ela ainda era a nuvem de morango com o vestido invisível e pés de borboleta, ainda era tudo, ainda era nada... então porque um rosto fez sumir o controle? Lábios vindo de encontro, não seguiam a direção da sua boca, nem havia pretensão de tocar os seus lábios, pegaram o trem com passagem direta e acertaram a bombinha que se movia no seu peito causando-lhe tontura.Tudo ao redor era dúvida, não havia uma direção para onde olhar, não lhes sorriam saídas, não havia um cavalo alado ou qualquer maneira de fugir. Amor. De repente. Tudo ao seu redor era um pavoroso redemoinho, tudo era caos, um breu de cores fluorescentes. Ardia sobre a sua pele, a intensidade naquelas cores fazia seu sangue ferver, havia um rock tocando ao fundo, e todos pareciam segurar o ar, todos, exceto ele. Como era repulsivo, viu-se a correr, corria cada vez mais rápido e parecia, tão. Havia chegado. Ele estava lá, havia sido convidado a entrar, um estranho intruso havia sido chamado a fazer parte de tudo que era seu, quanto egoísmo havia na sua constatação. Tremia na adrenalina do toque que a pouco percebera, quis fechar os olhos, forçava-os a compartilharem suas pálpebras e cílios... Havia perdido os sentidos morreria tentando fechar aqueles olhos agora tão serrados. Nunca os havia aberto, nunca durante a eternidade daqueles segundos teria compartilhado com a visão a hipnose daquele momento. Tudo vinha de dentro e então um baú se abriu. Havia ouro dentro dele, havia diamantes, sonhos, medos. Não havia nada ali, constatou ao notar a ilusão, era enorme. Porque guardá-lo? Os sinos na sua cabeça pareciam responder em coro, queria mandar embora, queria abraçar e fazer sentir segurança queria tanto tanta coisa. Mais queria simplesmente ele, queria tudo que poderia lhe dar, tinha medo, mais havia segurança quanto à incerteza, e havia verdade sobre o medo. Não precisava dele mais do que tudo, não sonhava com ele noites e noites, não o lembrava lindo, não o sentira nunca, exceto por aquele segundo. Respirou fundo e seus dentes envergonhados pintaram-lhe um sorriso a face. Era bom saber que eles continuavam lá, os pulmões. Queria aquele garoto, sabia que naquele momento era a coisa mais importante da sua vida.Não haveria futuro, mais embriagava-lhe a lembrança .
Por ( M.n*) .

domingo, 6 de junho de 2010

diz ..


Escrevo porque preciso me sentir últil, ou achar significados para tudo que penso e vejo. Escrevo por gostar de ler, e por detestar ter que escrever. Escrevo por convicção, leio por falta dela. Escrita é momento, leio porque sinto . Gosto de sentir o que palavras podem escrever , e gosto de escrever sobre o que palavras jamais saberão sentir . (M.n* )

plim .

Sonhos de meia noite. A noite inteira duraria tempo demais, tempo bastante para o encanto se render .       ( M.n* )

pensando em não pensar .

Só o fato de pensar no 'porquê' de pensar em você , me leva de volta ao ponto de partida.Você ♥
( M.n * )

sábado, 5 de junho de 2010

literatura errada , puf .


gostaria de dizer : me sinto triste,melancólica ou qualquer coisa do tipo .. gostaria simplismente de poder denominar, mais como se denomina algo que sentimos , e desconhecemos completamente ? ( M.n* )

baboseira humana .

Não intendo essa necessidade humana de precisarmos uns dos outros. Tão mais simples se fossemos feitos de cigarros, carboidratos, algumas dozes de qualquer coisa alcoolica e brisa . Mais não, ao invéz disso escolhemos ser ''humanos'' , e ao decidirmos por uma humanidade, obrigatóriamente compramos sentimentos , coisas que nos farão sorrir, chorar e acima de tudo que nos trarão marcas e essas..elas não aparecem ou vão embora tão logo quanto um sorriso,elas são eternas, tão eternas quanto as lágrimas que deixaram de cair, mais ainda sim,  existem .  ( M.n*)

crescer .


Passamos toda nossa infância imaginando o quão mágico é se tornar maior, dono do nosso próprio nariz, simplismente porque a mamãe não nos deixou tomar refrigerante na hora do café ou por qualquer outro motivo ''gravissímo''. Quando crescemos e a vida nós obriga a conhece-lo ( o nariz é claro), o refrigerante parece perder toda importância e a hora do café não parece tão relevante assim. A maturidade, a idade, as primaveras comemoradas elas não trazem consigo apenas uma coisa chamada tempo, elas trazem responsibilidades, e então agnte descobre que o nariz pesa .    (M.n*)

sexta-feira, 4 de junho de 2010

quanto ao tempo .


Talvez eu queira que me olhem mais a fundo agora.As mesmas opniões de sempre sobre '' quem sou'', já não me satisfazem. As minhas vontades já não se fazem profundas o bastante, e o meu eu , já não se faz significativo como antes . ( M.n*)

notícia mais séria ..


Não quero alguém que me ame incodicionalmente ou muito menos morra por mim. Não preciso de alguém que me veja perfeita,pois o amor é cego . Sou seletiva.Eu quero um amor que acorde baguçando, as vezes mal humorado e que saiba mentir quando eu precisar ouvir que estou linda, mesmo sabendo que não. Quero um sentimento de carne e osso, palpavél e visível aos meus olhos . Talvez eu queira demais, ou pra alguns isso que eu queira não se chame amor, mais pra mim..amar eh simplismente '' verdade'' , ser verdade e verdadeiro a qualquer custo .  ( M.n* )